domingo, 31 de março de 2013

RARAS SEM FRONTEIRAS


 Raras sem Fronteiras - Ministério da Saúde fala de políticas públicas para pessoas com doenças raras.



por ABRAME, Domingo, 3 de março de 2013 às 19:09 ·
O coordenador-geral de Media e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin Passos, participou no dia 27 de fevereiro em São Paulo, do encontro sobre doenças raras promovido pelo Instituto Baresi.

Na ocasião, divulgou quais serão as bases da Política de Atenção às Pessoas com Doenças Raras, que está sendo elaborada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  Segundo ele, a política englobará as chamadas atenções: básica, domiciliar e especializada (ambulatorial e hospitalar), além de centros especializados em reabilitação e aconselhamento genético.

De acordo com o médico, a política nacional será baseada na definição utilizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para classificar essas enfermidades. Assim, ela define como doenças raras as que afetam 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos; ou 1,3 pessoa a cada 2 mil indivíduos.

Pelos dados do Ministério da Saúde, existem de 6 mil a 7 mil doenças raras, que afetam de 6% a 8% da população. Segundo Passos, essas doenças têm pouco conhecimento médico e de saúde, são pouco diagnosticadas, pouco tratadas, e recebem poucos investimentos para pesquisas e tratamentos.


Assessoria de Comunicação ABRAME

quarta-feira, 6 de março de 2013

MAIS SOBRE A DOENÇA




A doença pode ocorrer em qualquer faixa de idade



A miastenia grave é doença da junção neuromuscular com sintomas de fraqueza e fatigabilidade fácil da musculatura ocular isolada ou associada com outros músculos de forma generalizada.


As palavras “Myasthenia gravis” têm origem grega e latina, “mys” = músculo, “astenia” = fraqueza e “gravis” = pesado, severo. Contudo, a fraqueza muscular (myasthenia) não tem que ser grave (gravis) para ser miastenia. Na literatura médica foram muitas as denominações, a partir de 1887, para esta doença, destacando-se:


-Oppenheim: paralisia bulbar sem achado anatômico
- Strümpell: paralisia bulbar astênica
- Goldflam: síndrome paralítico bulbo-espinhal possivelmente curável
- Marinesco: paralisia bulbar subaguda descendente
- Simpson: síndrome de Erb Goldflam
-Roques e Ballet: síndrome de Erb
-Raymond: miastenia bulbar espinhal
-Kalischer: poliomesencefalomielite
-Tilney e Smith: neuromiastenia grave
-Finizio: hipocinesia de Erb
-Autores ingleses: myasthenia gravis.


Atualmente, não há razões para se usar outras denominações que não a já consagrada miastenia grave. Embora a miastenia grave seja rara, sua prevalência tem aumentado ao longo dos anos e é mostrada na literatura com diferentes taxas que variam de 0,5 a 14,2:100.000 habitantes.


A incidência varia de 2.0 a 10.4:1.000.000 habitantes. A doença pode ocorrer em qualquer faixa de idade, do nascimento aos 80 anos, tendo maior comprometimento aos 26 anos nas mulheres e 31 anos nos homens. Nos vários estudos, as mulheres são mais acometidas do que os homens até quarta década, variando de 2 a 4:1.


A miastenia grave pediátrica é muito rara. A forma juvenil é uma desordem auto-imune, enquanto a forma congênita resulta de mutações genéticas que prejudicam a transmissão neuromuscular. A miastenia neonatal transitória é um distúrbio auto-limitado relacionado à transferência de anticorpos placentários da miastenia grave auto-imune materna. Pode ser difícil fazer a distinção entre as formas congênita e juvenil, particularmente na presença de uma história clara de ptose e outras manifestações de hipotonia ao nascimento que sugestionem doença genética.


Assim, apresenta-se sob as formas congênita familial ou esporádica, neonatal e congênita e auto-imune adquirida. A etiopatogênese é diferente nas formas neonatal e congênita. As adquiridas têm caráter auto-imune, com produção de auto-anticorpos anti-receptores de acetilcolina (AAChR) que bloqueiam os receptores de acetilcolina (AchR) na placa motora pós-sináptica, comprometendo sua função. Com base etiopatogênica classifica-se a doença em dois grupos: miastenia grave não timomatosa e timomatosa. Na primeira situação há três tipos básicos: neonatal, congênita e auto-imune adquirida.


Outra classificação proposta por Osserman divide a miastenia grave em quatro tipos, de acordo com a localização e grau de comprometimento (Tabela 2). O tipo I refere-se a miastenia ocular e ocorre em 15 a 20% dos casos. O tipo II é subdivido em: a) miastenia generalizada moderada com progressão lenta; sem crises, responsiva a drogas (30%) e b) generalizada moderadamente grave; grave comprometimento bulbar e dos músculos somáticos, sem crises; resposta a drogas menos satisfatória (25%). O tipo III corresponde a miastenia aguda fulminante; progressão rápida de sintomas graves, sem crises respiratórias e resposta pobre a drogas; alta incidência de timoma; alta mortalidade (15%). E o tipo IV a miastenia tardia grave, semelhante ao item III, mas progressão por mais de d 2 anos da classe I para a classe II (10%).




Classificação de Osserman

- Grau I: Localizada
- Grau II: Generalizada leve
- Grau III: Generalizada grave
- Grau IV: Crise Miastênica

Os sintomas são decorrentes de uma fraqueza muscular característica, que piora com esforço, melhora com repouso e drogas anticolinesterásicas.

Em cerca de 2/3 dos pacientes, os músculos oculares extrínsecos são primeiramente acometidos. Os músculos extra-oculares são particularmente sensíveis às alterações da junção neuromuscular que ocorrem na miastenia grave, as quais podem provocar oftalmoplegia e ptose palpebral, poupando a pupila e a acomodação.

Dessa forma, a miastenia grave afeta mais comumente os músculos da face, como os do globo ocular, causando muitas vezes visão dupla, ou os das pálpebras, causando ptose, ou ainda o masseter, que comanda o maxilar, causando dificuldades na fala e na mastigação.

Também ataca com freqüência os músculos do pescoço e os músculos respiratórios. São ainda comumente afetados músculos dos braços e pernas, causando dificuldades de locomoção aos portadores.



Portanto, os principais sintomas que podem aparecer são: visão dupla, ptose palbebral, podem acometem músculos da face, mastigação, da fonação e deglutição, dificuldade de sustentação da cabeça, fraqueza nos músculos dos membros (predomínio proximal), déficit motor em atividades prolongadas ou repetidas (fraqueza evidente durante atividade contínua), melhora com repouso, reflexos profundos preservados, sensibilidade preservada, nível de consciência preservado e pares cranianos sem alterações.




Os sintomas geralmente progridem afetando os outros músculos como os bulbares e dos membros, resultando numa fraqueza generalizada.

Alguns fatores podem ser desencadeantes de um eventual início rápido, tais como stress, drogas, gravidez, puerpério, etc. Também algumas doenças podem estar associadas à miastenia grave, são elas: timomas, anemia aplástica, hiperplasia linfofolicular da medular do timo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, síndrome de Sjögren, doença mista do tecido conjuntivo, anticorpos anticardiolipina, polimiosite.

O diagnóstico é feito através de aspectos clínicos, testes farmacológicos (prostigmina e edrofônio), eletromiografia, anticorpos anti-RACh, anticorpos anti-músculo estriado. A maior dificuldade para diagnosticar a miastenia grave é que esses sintomas normalmente aparecem isoladamente ou com pouca intensidade. Assim, é comum que sejam atribuídos a outras doenças e, portanto, tratados inadequadamente.

Embora ainda não haja cura para miastenia grave, a maioria dos tipos da doença podem ser tratados e mantidos sob controle com orientação médica adequada.

Nos casos de miastenia grave auto-imune, são comuns os inibidores de colinesterase, que agem na junção neuromuscular, e também imunossupressores, capazes de aumentar as contrações musculares. Alguns tipos de miastenia grave congênita não reagem a essa medicação. Algumas drogas experimentais, como a 3,4-Diaminopiridina (3,4-DAP), ou ainda a fluoxetina, são eficazes em alguns tratamentos.

Como parte do tratamento, também pode se indicar algum tipo de atividade física, como fisioterapia, hidroterapia ou terapia ocupacional, que permitirão a adaptação às tarefas cotidianas e a manutenção da saúde cardiovascular.

O Timo é responsável pela produção de anticorpos que podem estar relacionados à presença de miastenia gravis. A sua remoção cirúrgica (timectomia) resulta em melhora da qualidade de vida de cerca de 70% dos pacientes. Essa glândula é muito ativa na infância, mas com o passar do tempo, involui e vai perdendo suas funções. Quando isso não acontece, sua remoção pode ser recomendada.

A plasmaférese é um processo de filtragem do sangue do organismo para que sejam retirados os anticorpos que impedem a comunicação natural entre nervos e músculos. O sangue é retirado do organismo e passa por um equipamento dotado de uma série de filtros, retornando em seguida. Trata-se de um procedimento caro e demorado, mas que pode ser útil nos casos em que a miastenia grave auto-imune represente risco de morte.





Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/35017/miastenia-grave/#ixzz2PA4CZjXb

terça-feira, 5 de março de 2013

MAIS ESCLARECIMENTOS......


A Miastenia é uma doença neuromuscular que causa fraqueza e fadiga anormalmente rápida dos músculos voluntários. A fraqueza é causada por um defeito na transmissão dos impulsos dos nervos para os músculos. A doença raramente é fatal, mas pode ameaçar a vida quando atinge os músculos da deglutição e da respiração.

Etiologia

A miastenia é uma doença auto-imune caracterizada pelo funcionamento anormal da junção neuromuscular que acarreta episódios de fraqueza muscular. Na miastenia, o sistema imune produz anticorpos que atacam os receptores localizados no lado muscular da junção neuromuscular. Os receptores lesados são aqueles que recebem o sinal nervoso através da ação da acetilcolina, uma substância química que transmite o impulso nervoso através da junção (um neurotransmissor). Desconhece-se o que desencadeia o ataque do organismo contra seus próprios receptores de acetilcolina, mas a predisposição genética desempenha um papel essencial. Os anticorpos circulam no sangue e as mães com miastenia  podem passá-los ao feto através da placenta. Essa transferência de anticorpos produz a miastenia neonatal, na qual o recém-nascido apresenta fraqueza muscular, que desaparece alguns dias ou algumas semanas após o nascimento.

Sintomas

No inicio da Miastenia podem ser súbitos (com fraqueza muscular grave e generalizada), embora mais frequentemente os sintomas iniciais sejam variáveis e sutis, o que torna o diagnóstico da doença difícil.
Mais frequentemente, o primeiro sintoma verificado é a fraqueza dos músculos dos olhos. Pode estagnar por aí ou progredir para os músculos da deglutiçãofonaçãomastigação ou dos membros.
Os sintomas variam de doente para doente, mas tipicamente podem incluir a queda de uma ou ambas as pálpebras (ptose), visão dupla (diplopia), fraqueza dos músculos oculares (estrabismo), dificuldade em engolir (disfagia), dificuldade em falar, fala com a voz anasalada (disfonia), fraqueza nos músculos da mastigação (com consequente descaimento do maxilar inferior), ou do pescoço com queda da cabeça para diante, fraqueza dos músculos dos membros (com dificuldade para subir degraus ou andar, ou elevar os braços para pentear, barbear ou escrever). A fraqueza dos músculos respiratórios é uma complicação potencialmente fatal.
A fraqueza muscular pode desenvolver-se durante dias ou semanas ou manter-se no mesmo nível durante longos períodos de tempo. A gravidade da doença varia de doente para doente e no mesmo doente pode variar ao longo do dia. A fraqueza tende a agravar-se com o exercício e para o fim do dia e em geral melhora parcialmente com o repouso.
  • Uma crise miastênica ocorre quando um doente com Miastenia começa com dificuldade em respirar, que não responde à medicação e necessita ser hospitalizado para assistência respiratória, em geral mecânica. A crise pode ser desencadeada pelo estresse emocionalinfecção, atividade física, menstruaçãogravidez, reação adversa a certos medicamentos, acidente, etc.

Classificação

Osserman propôs uma classificação clínica em 1971 para definir a gravidade da miastenia grave. A escala classifica os pacientes adultos em:

Tratamento

O uso de medicamentos e da cirurgia do Timo, isolados ou em conjunto são razoavelmente eficazes no tratamento da Miastenia.
  • O tratamento de primeira linha é com uma classe de medicamentos que diminuem a ação da enzima que degrada a acetilcolina na placa motora, a colinesterase. São genericamente chamados de medicações anticolinesterase. A diminuição da degradação da acetilcolina faz com que esta atue por mais tempo, facilitando a transmissão neuromuscular. Apesar de não modificar o número de receptores, melhora sua eficiência. O tratamento com os anticolinesterásicos  como a piridostigmina) é benéfico, mas em muitos caso não suficiente.
    • timectomia (cirurgia de remoção do timo) é muitas vezes o passo seguinte. Cerca de 50% dos doentes podem ter uma remissão ou melhoras significativas com a timectomia.
  • A terapêutica com esteroides é por vezes necessária nos doentes mais graves. Os esteroides  como os outros imunossupressores como a azatioprina são bastante eficazes produzindo remissão dos sintomas. O efeito no sistema imune é a diminuição da produção de anticorpos. Seu uso costuma ser prolongado e sujeito a efeitos colaterais indesejáveis.
  • O método de tratamento designado por plasmaférese é usado na crise miastênica  durante a qual necessitam de respiração assistida. A plasmaférese consiste na substituição do plasma do doente (uma espécie de lavagem do sangue para a remoção dos anticorpos que estão a bloquear a transmissão neuromuscular).
  • O uso de imunoglobulinas também pode ser indicado nestas crises.
  • Reflexoterapia tem se mostrado muito eficiente no tratamento da doença.

Fisiopatologia

A transmissão dos impulsos dos nervos para os músculos é normalmente feito por uma substância, a acetilcolina, da seguinte forma: O impulso nervoso percorre o neurônio motor até alcançar as terminações nervosas, onde há grande número de canais de Ca+ sensíveis à voltagem. A abertura desses canais leva ao influxo de Ca+ provocando a exocitose de acetilcolina, esta liga-se ao receptor específico presente na membrana da célula muscular (nicotínicos). A ativação destes receptores (nos músculos) leva à abertura de canais de Na, despolarizando a célula muscular, o aumento do sódio provoca a liberação de Ca+ armazenados nos retículos sarcoplasmáticos, este Ca+ se ligará à subunidade C da troponina alterando o complexo responsável pela contração muscular na junção neuromuscular, ou placa motora, entendido pelo complexo actina - troponina - tropomiosina . Na miastenia  o numero de receptores da acetilcolina (sítios nos quais a substância pode ser recebida) encontram-se reduzidos. Isto dever-se-á a um ataque aos receptores da Acetilcolina por anticorpos, produzidos pelo sistema imune do próprio indivíduo. Uma vez que os anticorpos são o sistema normalmente envolvido na luta contra as infecções, a miastenia é então designada por doença autoimune, já que o sistema imunitário do indivíduo começa a produzir anticorpos que atacam os seus próprios tecidos. A investigação tem mostrado que na maioria dos doentes com miastenia  existem no sangue anticorpos circulantes contra os receptores da acetilcolina. Encontram-se em estudos as causas desta agressão autoimune. Há alguma evidência que a doença se inicia no timo (massa de tecido linfoide que se encontra no peito atrás do esterno). Haverá influência do timo na produção de anticorpos anti-receptores da Acetilcolina ou de outras substâncias que interfeririam com a transmissão neuromuscular.
O uso de medicamentos e da cirurgia do Timo, isolados ou em conjunto são razoavelmente eficazes no tratamento da Miastenia.
  • O tratamento de primeira linha é com uma classe de medicamentos que diminuem a ação da enzima que degrada a acetilcolina na placa motora, a colinesterase. São genericamente chamados de medicações anticolinesterase. A diminuição da degradação da acetilcolina faz com que esta atue por mais tempo, facilitando a transmissão neuromuscular. Apesar de não modificar o número de receptores, melhora sua eficiência. O tratamento com os acetilcolinesterases  como a piridostigmina) é benéfico, mas em muitos caso não suficiente.
  • timectomia (cirurgia de remoção do timo) é muitas vezes o passo seguinte. Cerca de 50% dos doentes podem ter uma remissão ou melhoras significativas com a timectomia.
  • A terapêutica com esteroides é por vezes necessária nos doentes mais graves. Os esteroides  como os outros imunossupressores como a azatioprina são bastante eficazes produzindo remissão dos sintomas. O efeito no sistema imune é a diminuição da produção de anticorpos. Seu uso costuma ser prolongado e sujeito a efeitos colaterais indesejáveis.
  • O método de tratamento designado por plasmaférese é usado na crise miastênica  durante a qual necessitam de respiração assistida. A plasmaférese consiste na substituição do plasma do doente (uma espécie de lavagem do sangue para a remoção dos anticorpos que estão a bloquear a transmissão neuromuscular).
  • O uso de imunoglobulinas também pode ser indicado nestas crises.
  • Reflexoterapia tem se mostrado muito eficiente no tratamento da doença.

Prognóstico

Com tratamento, a maioria dos doentes tem uma qualidade de vida quase normal, sem problemas significantes. Alguns casos de miastenia podem entrar em remissão temporária e a fraqueza muscular pode desaparecer totalmente, de modo a que a medicação pode ser descontinuada. Remissões completas, estáveis e duradouras são o objectivo final da timectomia.

O que piora a doença

Os sintomas podem se agravar pelo esforço físico, exposição ao calor, alterações emocionais (stress e ansiedade), estados infeciosos e pelo uso de alguns medicamentos, como por exemplo, alguns tranquilizantes e antibióticos.

sexta-feira, 1 de março de 2013

MIASTÊNICOS FAMOSOS - GENTE COMO A GENTE


Vitória de mestre
Revista Isso É Gente


Depois de superar doença neuromuscular, maior enxadrista brasileiro volta aos tabuleiros defendendo o País na Olimpíada de Xadrez


Em 1978, aos 26 anos, Henrique da Costa Mecking ficou internado por três dias em um hospital em Houston (EUA). Vítima de miastenia, doença neuromuscular que ataca progressivamente os nervos e os músculos – a mesma que matou o magnata grego Aristóteles Onassis –, ele ouviu um quadro desanimador de seu neurologista: “Dê graças a Deus por estar falando. Amanhã você pode nem respirar”. Na época, o gaúcho Mequinho, que já havia vencido campeões mundiais como o russo Mikhail Tal, era o terceiro melhor enxadrista do mundo e corria o risco de abandonar a carreira para sempre.

Com a mesma garra com que conquistou o título de Grande Mestre Internacional de xadrez nos anos 70, quando foi comparado ao russo Garry Kasparov – o melhor jogador da atualidade –, Mequinho contrariou os prognósticos. E agora está de volta aos tabuleiros. Em outubro defenderá o Brasil na Olimpíada de Xadrez, na Eslovênia. Será seu retorno às competições internacionais. “Estou mais vivo do que nunca”, comemora ele, que foi campeão brasileiro de xadrez aos 13 anos.

Hoje, com a doença sob controle, Mequinho segue se tratando com remédios homeopáticos e cumpre à risca a dieta determinada pelos médicos. Formado em Teologia, o jogador diz que se sente curado por uma religiosa da Igreja Renovação Carismática que, no auge da doença dele, esteve diversas vezes na casa do enxadrista, no Rio, fazendo orações.

Com a voz fraca em conseqüência de uma inflamação de garganta causada pela doença, Mequinho conta que ficou sem falar durante um ano e só se comunicava através de bilhetes. Também não se esquece dos momentos em que se tornou completamente dependente. “Fiquei sem força nos braços para nada. Minha empregada me dava comida na boca e precisava de ajuda até para escovar os dentes”, diz. Recuperado, Mequinho deve continuar dando trabalho, só que para os adversários.

Outros miastênicos conhecidos:


Laurece Kerr Olivier, Barão Olivier de Brighton, nasceu em Dorking, Inglaterra, no dia 22 de Maio de 1907 e morreu em Sussex, Inglaterra, no dia 11 de Julho de 1989. Ele foi um dos maiores atores, produtores e diretores cinematográficos ingleses de todos os tempos. Vencedor de prêmios como Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e quatro vezes vencedor do Emmy. É considerado por muitos como o maior ator britânico de todos os tempos.
Curiosidades: É um dos 2 únicos atores que dirigiram a si mesmo no filme em que ganhou um Oscar de atuação; Ao apresentar a cerimônia do Oscar em 1985 se esqueceu de dizer os nomes dos indicados, simplesmente abrindo o envelope e anunciando que "Amadeus" era o vencedor; Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 6321 Hollywood Boulevard. 




Karl Malden, nascido em Chicago, 22 de março de 1912, é um ator estadunidense. É tido na atualidade (2007) como o ator de sexo masculino mais antigo em atividade em Hollywood, com sete décadas de carreira. Considerado uma pessoa expansiva, recebeu os prêmios Emmy, Oscar e Golden Globe. Em sua filmografia são destaques A Streetcar Named Desire (Um bonde chamado desejo), On the Waterfront, One-Eyed Jacks, Patton, Baby Doll e How the West Was Won. Na televisão estrelou, com Michael Douglas, The Streets of San Francisco, seriado famoso nos Estados Unidos na década de 1970. Participou, como convidado especial, do seriado The West Wing. Também teve atuação na dramaturgia do rádio, segundo o artigo Tom Malden on the Radio, de Jack French (1999).



Tudo começou no final dos anos 60, quando a um pacato jovem que vivia nas ruas de Kingston (Jamaica) lhe foi oferecida uma flauta de teclas, (Melodica). Um instrumento usado geralmente nas aulas de música em escolas. Nascido Horace Swaby, adotou o nome artístico de Augustus Pablo, é o nome desta figura emblemática da música Jamaicana. A primeira gravação surgiu em 1970, com apenas 13 anos. "Iggy Iggy" sem dúvida inovou, para além da primeira garvação de Pablo, foi também a primeira base musical na ilha a utilizar Melódica como instrumento base, gravação realizada no estúdio Randy's 17, produzido por Herman Chin-Loy. A partir desse momento foram construídas inúmeras harmoniosas melodias para vários produtores, Clive Chin, Derrick Harriot, Lee Perry, etc, estava assim criado o denominado som "Far East". Notáveis canções como "East of River Nile", "Java", "Pretty Baby", "Skanking Easy" utilizando a base original do ritmo "Swing Easy" tocada originalmente pelos Soul Vendors no famoso Studio One, etc. Depois destes e outros sucessos Pablo começou a brilhante carreira de produtor desenvolvendo um estilo próprio, "Far Eastern Style", tornando-se tão popular como o estilo original de Clement Dodd (Studio One) ou Lee Perry (Black Ark), sem colocar de lado a sua criatividade e originalidade. É no momento em que se torna produtor, que King Tubby's se associa a Pablo misturando as suas produções, desta associação surge em 1976 um "Marco" na História da Música Reggae, o LP "King Tubby Meets The Rockers Uptown". Sem dúvida uma das mais reconhecidas características e poderei dizer vantagens de Pablo, foi o facto de ter dado a oportunidade de gravar a cantores bastante jovens e completamente desconhecidos, foi o caso de Hugh Mundell (com apenas 13 anos gravou o LP "Africa Must Be Free By The Year of 1983"), Delroy Williams, Tetrack, até Dillinger gravou para Pablo (Dillinger ficou internacionalmente conhecido pela canção "Cocaine In My Brain" produzida por Jojo Hookin) e ainda Jacob Miller. Sem dúvida que até ao final da década de 70, o "Far Eastern Style" foi um dos sons que em pé de igualdade com o som de Lee Perry, Bunny Lee, etc "dominaram" a ilha. Nos anos 80, sucessos de Pablo, sobretudo pelas produções com os artistas Junior Delgado e Johnny Osbourne. Augustus Pablo faleceu em 1999, de miastenia gravis, mas irá sempre ser lembrado pela enorme contribuição que deu à Música Reggae ao longo de cerca de 29 anos de carreira. Deixou dois filhos, Addis e Isis.


Monetta Eloyse Darnell nasceu em 16 de Outubro de 1923 e faleceu em 10 de Abril de 1965, ela foi uma atriz norte-americana. Linda Darnell nasceu em Dallas, Texas, Darnell foi modelo quando tinha 11 anos de idade e contracenou pela primeira vez quando tinha 13 anos. Ela foi descoberta por um caçador de talentos para ir a Hollywood. Em 1939, Linda Darnell retornou a Hollywood para começar a gravação de seu segundo bom papel, no filme Blood and Sand, Hangover Square e My Darling Clementine. Ela estava no elenco de Virgem Maria e The Song of Bernadette em 1943, ambos produzidos por Darryl F. Zanuck. Em 1947, Darnell venceu estrelando no papel principal do filme Amber Forever, baseado na historia comovente que denunciou o tempo dos imorais. Darnell tem seu nome na calçada da fama em Hollywood. Linda Darnell interpretou também o fime A Marca do Zorro.


Wilma Mankiller foi a primeira mulher a desempenhar as funções principal chefe da Nação Cherokee. Ela tomou posse em 1985, hoje está com 63 anos. Essa guerreira sofreu um grave acidente automobilístico, em 1979, e quase perdeu sua perna. Ela sofreu cerca de dezessete cirurgias para reconstruir-la. Depois, em 1980 ela foi diagnosticado com Miastenia Gravis, uma crônica condição neuromuscular. Enquanto ela estava em Chief, ela recebida de um transplante de rim, após décadas de problemas renais (ela teve um segundo transplante renal em 1998, no mesmo ano, foi atribuído o Medalha Presidencial da Liberdade). Mankiller demitiu a partir de sua posição em 1995, após um diagnóstico do cancro. Hoje ela vive com o seu ancestral colocação com ela marido, não muito longe de suas filhas e netos.


Aristóteles Onassis, em grego Αριστοτέλης Ωνάσης, (Esmirna, 15 de janeiro de 1906 — Neuilly-sur-Seine, 15 de março de 1975) foi um empreendedor e magnata grego. Onassis adquiriu sua fortuna como empresário de marinha mercante, tornando-se o empresário mais famoso do mundo em tal setor do século XX. Os negócios com os petroleiros estavam bem, mas a saúde do milionário deteriorava. Em 1975, Onassis morreu em 15 de março de 1975 em Neuilly-sur-Seine, France, devido a complicações após uma cirurgia para tratar sua pneumonia, complicação de sua Miastenia Gravis. Sua fortuna ficou com Christina Onassis, sua única filha. Ela se suicidou em Buenos Aires em 1988, e sua única filha, Athina Roussel, acabou herdando a fortuna calculada em US$ 3 bilhões. Entretanto, a herança foi administrada por um grupo de fiduciários escolhidos por Christina até o aniversário de dezoito anos de Athina. Em 3 de Dezembro de 2005, ela casou-se com o cavaleiro brasileiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda.

Harold P. KLEIN (1 de abril de 1921 - 15 de julho de 2001)

Quase exatamente um quarto de século atrás, uma coisa estranha aconteceu em Marte, algo sem precedentes na sua quatro mil milhões de anos de história. O fino céu acima do Planeta Vermelho foi trespassado por um hardware de outro mundo. Em julho de 1976, da NASA Viking landers, resolvidos sobre Marte "rusty superfície" - e desenvolvidas com eles o telecomando olhos dos Terráqueos. Durante séculos, os astrônomos tinham especulações sobre a possibilidade de vida em Marte. Alguns, através de pequenos telescópios, alegaram ver indícios de civilizações sofisticadas. Mas o Viking landers foram mais longe: eles foram os primeiros esforços para encontrar a verdade marciano biologia enviando hardware para o Planeta Vermelho. A missão Viking pôr sofisticados, robótica laboratórios experimentais sobre a superfície marciana. O homem que chefiou a este marco missão espacial foi Harold P. ( "Chuck") Klein. Chuck Klein, cujo apelido veio de um famoso jogador de beisebol sua juventude, esteve na vanguarda do que é agora chamado Exobiologia desde a década de 1960. Durante décadas ele foi uma força motriz no Instituto SETI, incentivando e participando na investigação sobre as possibilidades de vida fora da Terra. Em 1977, o Dr. Klein partilhada Cleveland-Newcomb Prêmio da AAAS, e também recebeu a Medalha de Excepcionais NASA Scientific Achievement. Em 1981, ele recebeu o prêmio Ilustre Alumnus de Brooklyn College, a NASA ea Medalha de Liderança Excelente. Nesse ano, ele também recebeu um meritório presidencial Service Award. Foi membro de várias sociedades, incluindo Phi Beta Kappa, a Sociedade Americana de Química Biológica, a Sociedade Internacional para o Estudo da origem da vida, e da Academia Internacional de Astronáutica.

E mais história...


Um chefe indígena de nome Opechankanough, que viveu na Virgínia entre 1550 e 1664, pode ter sido o primeiro caso de miastenia grave conhecido. Marsteller, um neurologista da Universidade de Virgínia, defende essa possibilidade. Sua doença começou após os 70 anos de idade com ptose palpebral e fraqueza muscular progressivas, chegando a ser carregado e suas pálpebras elevadas por seus assistentes para poder enxergar, sendo descrita flutuação dos sintomas e melhora com repouso28. O primeiro caso de miastenia grave na Espanha foi descrito por Benito Perez Galdos, num personagem do livro Tristana em 189229. O poeta sueco Hjalmar Gulberg sofria de Miastenia Gravis severa.

Entre nós, o primeiro doente miastênico está numa comunicação feita à Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo pelo Dr. Enjolras Vampré, em 19151,21,30.

Em 1952 foi criada a The Myasthenia Gravis Foundation por Jane Dewey Ellsworth, mãe de uma garota de dez anos com miastenia grave. O Conselho Médico Consultivo foi formado por médicos famosos e experientes: Drs. Henry Viets, Davi Grob, George Garmmon, Kermit Osserman, entre outros, que ajudaram a instalar, nos Estados Unidos, várias clínicas especializadas em miastenia grave. Todavia, o primeiro grande centro de referência da doença foi o Hospital Geral de Massachusetts, fundado em 1935 pelo Dr. Henry Viets3,4.

Desde 1954, a cada cinco anos, acontece um Simpósio Internacional sobre miastenia grave, com grande número de participantes e apresentação de trabalhos importantes de várias partes do mundo.